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Jun 10 2011

Entrevista com José Luiz Sasso: Parte II

Dando continuidade a entrevista com José Luiz Sasso

Artesãos do Som: A Dolby vai fechar as portas então?

José Luiz Sasso: Veja lá. A Dolby não está nem um pouco preocupada. A Dolby é uma empresa monstruosa. Ela não vive em função do cinema. Entra no site da Dolby. Meu… é telefonia celular, comunicação por satélite. A Dolby hoje tem patentes em relação a transmissão em 5.1, o Dolby E, que eles acertaram na mosca. Pra você transmitir 5.1 em dois canais pra televisão digital, uma coisa leve. A Dolby já deixou de fazer um monte de equipamentos que a gente usava pra cinema.

O que eu quero dizer é o seguinte: a pessoa que vai à sala de cinema, o espectador, se ele estiver bem atendido no básico, tendo uma projeção mais ou menos limpa, com foco, ele consegue ouvir o que acontece no básico, ele está feliz. Não é uma questão de você chegar e falar: “Não, porque o cara quer ouvir em THX, 7.1…”. Esse não é o espectador. Continue lendo


Jun 6 2011

Entrevista com José Luiz Sasso: Parte I

 

Na última semana passei uma tarde na JLS Facilidades Sonoras batendo um papo com José Luiz Sasso. Gostaria então de dividir aqui as idéias exploradas. Pela extensão da entrevista, vou partilha-la em III post. Ok? Então, vamos nessa!

Artesãos do Som: Em seus 44 anos de carreira, qual o panorama que você faz desses últimos dez anos na produção sonora do cinema brasileiro?

José Luiz Sasso: Desde que o som digital se tornou padrão. Isso começou a partir de 1998… Então, 2000 já é um tempo bom. A partir de 2000 já temos muitos filmes começando a finalizar em 5.1. E a partir de 2004, já nem se discutia mais. Todo filme já era finalizado em digital. Até 2004 ainda aparecia algumas produções finalizadas apenas em Dolby Stereo, mas já não tinha muito sentido. Já não existia mais Hi8, estamos só em cima do ProTools. É ProTools pra cima e pra baixo, enfim… Então assim, claro que houve uma melhora. Conceitualmente houve uma melhora, tecnicamente houve uma melhora, mas também houve essa pulverização de trabalhos pra pessoas ou profissionais que não são profissionais ainda. Melhorou por um lado, mas ao mesmo tempo, veio a contra partida. Muita gente nova entrando no mercado sem preparo e estragando aqueles que tem preparo.

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